top of page
cores-da-bandeira-da-irlanda.jpg

Irlanda

1 - DADOS GERAIS
  • Capital: Dublin

  • Língua oficial: Inglês e Irlandês

  • Forma de Governo: República Parlamentarista

  • Presidente: Michael Higgins

  • Área total: 70 273 km2

  • População: 4 761 865 habitantes

  • Moeda: Euro (EUR)

mapa-politico-irlanda.jpg
2 - PORCENTAGEM RELIGIOSA
Religião_na_Irlanda.JPG
3 - BREVE HISTÓRICO DA IRLANDA E DOS CONFLITOS ENTRE PROTESTANTES E CATÓLICOS

FUNDAÇÃO

 

Embora não se saiba a data exata de sua fundação, se sabe que a baía onde está Dublin foi habitada há milhares de anos por caçadores. No século II a.C., seus habitantes levantaram grandes monumentos de pedra, ainda visíveis na paisagem irlandesa.

A primeira referência histórica é encontrada na obra de Cláudio Ptolomeu, que no ano 140 d.C. fala de um lugar chamado Eblana Civitas. Os celtas chegaram à baía ao redor do ano 700 a.C., e se converteram ao cristianismo no século V, por obra de St. Patrick, padroeiro da Irlanda. A religião cristã é algo que marcará o futuro da Irlanda até os nossos dias.

 

CHEGADA DOS VIKINGS

No século IX, ao redor de 841, os vikings chegaram à zona e fundaram uma área comercial na margem sul do rio Liffey, à qual deram o nome de Dubh Linn (lagoa negra), enquanto os celtas permaneciam na margem norte do rio, um lugar que chamavam de Baile Átha Cliath (Assentamento do vau de caniço).

Dublin celebrou seu milênio em 1988, oficializando a data de sua fundação. 

 

 

NORMANDOS

Em 1014, o rei irlandês Brian Ború venceu os vikings e, a partir do século XII, a cidade foi controlada definitivamente pelos normandos.

No final do século XII, um dos senhores feudais da Irlanda, Dermot MacMurrough, disputava com outros senhores feudais o controle da ilha e pediu ajuda ao rei normando Henrique II. Henrique II enviou suas tropas em 1170 e um ano depois a Irlanda passou a ser o Senhorio dos reis normandos da Inglaterra.

Dublin se tornou a sede do poder militar e judicial e teve início uma época de constante crescimento com a chegada dos ingleses, holandeses e judeus.

Em 1350, os senhores feudais irlandeses começaram a se rebelar contra a dominação normanda.

 

HENRIQUE VIII E A IGREJA ANGLICANA

Henrique VIII, nasceu em Greenwich e era o segundo filho de Henrique VII (1457-1509), primeiro monarca inglês da casa dos Tudor. Henrique chegou ao poder numa época de grandes conflitos entre Inglaterra e França. Mas, mesmo assim, foi capaz de selar a paz entre as duas nações, conseguindo até mesmo que sua irmã se casasse com o rei francês Luis XII (1462-1515). Henrique VIII assumiu o trono inglês em 1509 e, no mesmo ano, casou-se com Catarina de Aragão (1485-1536), viúva de seu irmão Arthur.

Depois de vinte anos de casamento sem ter conseguido um herdeiro masculino, Henrique quis encerrar sua união com Catarina. O que não foi permitido pelo papa Clemente VII (1478-1534), pois a Igreja Católica não aceitava o divórcio. Em 1533, Thomas Cranmer (1489-1556), um amigo de Henrique, tornou-se arcebispo da Cantuária, o mais alto cargo eclesiástico da Inglaterra. Assim, os dois amigos fizeram um acordo para anular o casamento de Henrique, fazendo o Parlamento declarar que o Direito Divino dos Reis substituíra a autoridade da Igreja. Naquele mesmo ano, Cranmer e Henrique retiraram a ala inglesa do Catolicismo e criaram a Igreja Anglicana. [7]

Em 1534, Henrique VIII iniciou grandes reformas para converter a Irlanda ao protestantismo, dissolvendo os monastérios. Pouco depois, os irlandeses perdiam sua escassa autonomia.

Em 1541 é suprimido o Senhorio da Irlanda e nasce o Reino da Irlanda, que manteve a política de acabar com os católicos.

 

 

ELIZABETH I

Em 1592, foi fundada por Elizabeth I a primeira Universidade da Irlanda, o Trinity College que, construído no terreno de um monastério confiscado, estava destinado exclusivamente aos alunos protestantes.

 

DISPUTA ENTRE CATÓLICOS E PROTESTANTES

Os irlandeses continuaram resistindo ao protestantismo até que foram derrotados na Batalha de Kinsdale em 1601. Nesse ano, foi ditada a Ata de Supremacia que estabelecia que os altos cargos eram exclusivos para ingleses e protestantes.

Em 1641, os protestantes se rebelaram de novo. Em 1649, Cromwell assediou Dublin e dividiu as melhores posses entre seus soldados.

Em 1690, Dublin apoiou o católico Jaime II contra o protestante Guilherme de Orange. Depois da sua derrota, os católicos foram definitivamente excluídos do Parlamento e foram proibidas todas as manifestações da cultura e religião irlandesa.

No século XVIII, Dublin viveu um grande crescimento, em parte graças à chegada dos huguenotes perseguidos na França. O comércio floresceu e durante um tempo Dublin chegou a ser a quinta maior cidade da Europa.

Em 1801, a Inglaterra controlou violentamente várias revoltas e aboliu o Parlamento Irlandês. No entanto, os católicos conseguiram recuperar alguns direitos básicos.

 

IRLANDA SE INTEGRA AO REINO UNIDO

Depois da Ata de União de 1801, a sede do Parlamento foi transferida a Londres e a Irlanda se integrou ao Reino Unido completamente.

Entre 1845 e 1849, uma praga destruiu as plantações de batatas, principal alimento da maior parte da população irlandesa, levando mais de um milhão de pessoas à morte por inanição.

Durante esse período, conhecido como a Grande Fome, ocorreu um êxodo massivo a outros países e dois milhões de irlandeses deixaram o país. Em poucas décadas de emigração, a população da Irlanda se reduziu a um terço.

Em 1900, Dublin havia deixado de ser a cidade mais importante da Irlanda, superada por Belfast, cidade que havia vivido uma importante revolução industrial.

Em 1905, foi fundado o movimento político nacionalista Sinn Féin.

Em 1916, as ruas de Dublin viveram uma nova sublevação contra o domínio britânico, organizada pelo Sinn Féin e apoiada pelos alemães. Os ingleses, no histórico dia da Segunda-feira de Páscoa de 1916, executaram os líderes da revolta. Depois das execuções, o movimento independentista ganhou força.

GUERRA CIVIL E GRUPOS EXTREMISTAS

Em 1919, teve início a guerra civil anglo-irlandesa que destruiu grande parte de Dublin, da qual saiu o reconhecimento do Estado Livre da Irlanda.

O Exército Republicano Irlandês foi fundado em 1919 com o nome inglês original Irish Republican Army, de onde vem a sigla mundialmente conhecida IRA. Naquela época, um grupo de homens católicos se reuniu militarmente para se opor à anexação da Irlanda do Norte ao Reino Unido.

Em 1922, foi proclamado o Estado Livre da Irlanda.  

 

O Estado Livre da Irlanda, dependente da Monarquia inglesa, durou até a proclamação da República. Em 1937, foi aprovada uma nova constituição que substituía o Estado Livre Irlandês por um novo Estado chamado Eire, em português, Irlanda.

A divisão da Irlanda, a anexação de uma parte ao Reino Unido e o desequilíbrio religioso eram questões que estavam em voga para os homens que se reuniram em armas.

Depois da Segunda Guerra Mundial, no dia 17 de abril de 1949, foi proclamada a República.

Desde o final da Segunda Guerra Mundial até 1973, Dublin não viveu grandes mudanças. É a partir dessa data quando a Irlanda passa a fazer parte da União Europeia e deslancha de forma imparável.

O elemento que mais marcou a luta do Exército Republicano Irlandês foi o religioso. O imperialismo britânico de longa data implicou na ampliação do anglicanismo em suas áreas de dominação e influência, relegando pouco espaço para os católicos. Com isso, logo surgiram os preconceitos e as intolerâncias, levando ao conflito entre os dois grupos. O IRA formou-se como um grupo paramilitar fundamentalmente religioso que lutaria por mais espaço para os católicos. 

De fato, o IRA recorreu a métodos terroristas como ataques a bomba e emboscadas com armas de fogo para se manifestarem contra o imperialismo cultural britânico. Em geral, o alvo desses ataques eram políticos que defendiam a união, representantes de modo geral do governo britânico e, claro, protestantes. No entanto, suas ações em locais públicos vitimaram também vários civis. Ao longo de sua história, o IRA manteve relações com outros grupos nacionalistas da Irlanda e com o partido de extrema esquerda Sinn Fein.

 

Sinn Fein, foi fundado em 1905 por Arthur Griffith para unir os grupos informais nacionalistas de resistência ao domínio britânico, seu objetivo era restaurar a monarquia irlandesa, fora do poder desde o século XVIII. Em gaélico irlandês, a expressão significa "Nós mesmos".

Em tempos passados os próprios integrantes afirmavam ser o braço político do Exército Republicano Irlandês, o IRA. As medidas extremas defendidas através dessa aproximação causou grande número de mortes no Reino Unido. [8]

Durante todo o restante do século XX, o IRA permaneceu vivo e atuante, embora suas ações tenham decaído consideravelmente. Finalmente, em 2005, o Exército Republicano Irlandês anunciou o fim da luta armada e que entregaria todo seu armamento. A entrega das armas chegou ao fim no dia 26 de setembro de 2005.

4 - RELAÇÃO BRASIL - IRLANDA

"Brasil e Irlanda estabeleceram relações diplomáticas em 1975. A abertura da Embaixada do Brasil em Dublin (1991) e da Embaixada da Irlanda em Brasília (2001) conferiu dinamismo ao relacionamento, cuja vertente econômico-comercial tem especial relevo.

A primeira visita de um Chefe de Estado irlandês ao Brasil foi realizada pela Presidente Mary Robinson (1995); a segunda, pela Presidente Mary McAleese (2004). O Presidente Michael Higgins visitou o Brasil em 2012.[1]

Não há, na Irlanda, avisos específicos ou situações que demandem grande atenção por parte dos viajantes brasileiros, mas algum grau de cautela é sempre necessário ao viajar, independentemente do destino escolhido. Cidadãos brasileiros devem viajar à Irlanda com precauções normais de segurança."[2]

5 - VÍDEO SOBRE A IRLANDA
6 - ESTATÍSTICAS
  • 7º melhor país do mundo para se criar filhos [3]

7 - CRISTIANISMO NO PAÍS

A primeira vez que os termos Irlanda e Cristianismo aparecem juntos em um texto histórico é nas  Crónica de Próspero da Aquitânia em 431. O bispo Paladio de origem francesa foi enviado pelo Papa Celestino I para catequizar os irlandeses, um ano antes da chegada de Patrício na Ilha da Esmeralda, segundo documentos encontrados pela igreja católica. [4]

Durante muito tempo os irlandeses abraçaram o cristianismo celta, independente de Roma, cujo primeiro grande líder foi Patrício, no quarto século. A partir de 1172, sob a influência da Inglaterra, o país tornou-se fortemente católico romano.

 

No século 16, quando o rei Henrique VIII criou a Igreja Anglicana, separada de Roma, os irlandeses recusaram-se a aceitá-la. Seguiu-se um longo período de guerras em que o norte da ilha ficou praticamente despovoado. Foi então que o rei Tiago I resolveu colonizar essa região através de imigrantes escoceses e ingleses, criando em 1606 a Colônia de Ulster. Esses imigrantes eram calvinistas e muitos deles presbiterianos.

 

Após uma rebelião em que os católicos massacraram grande número de presbiterianos (1641), o parlamento inglês enviou dez mil soldados à região, quase todos escoceses. Os capelães das tropas organizaram igrejas e promoveram a eleição de oficiais. Finalmente, no dia 10 de junho de 1642, em Carrickfergus, perto de Belfast, foi organizado o primeiro presbitério da Irlanda. Em 1659 já havia cinco presbitérios.

 

Durante quase todo o século 17 e início do século 18, os “escoceses-irlandeses” sofreram com as ações repressivas de diversos monarcas ingleses, nos aspectos político, econômico e religioso. Além disso, experimentaram calamidades naturais como secas rigorosas e a fome e pobreza resultantes. Com isso, muitos deles resolveram migrar para a América do Norte, principalmente a partir de 1717. Segundo uma estimativa conservadora, até 1776 pelo menos 250.000 cruzaram o Atlântico para o Novo Mundo (algumas estatísticas falam em 500.000).

 

Em 1706, sob a liderança de Francis Makemie, um pastor emigrado da Irlanda, havia sido organizado o primeiro concílio presbiteriano dos Estados Unidos, o Presbitério de Filadélfia. Os escoceses-irlandeses radicados em Nova Jersey, Pensilvânia, Virgínia e nas Carolinas do Norte e do Sul foram os principais responsáveis pela formação da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos da América (PCUSA). Eles também foram o principal grupo que lutou pela independência da nova nação.

 

No século 18, as divisões ocorridas na Igreja da Escócia afetaram o presbiterianismo irlandês. Por cerca de um século existiram lado a lado o histórico Sínodo de Ulster e o Sínodo da Secessão, que voltaram a se unir em 1840, formando a Assembléia Geral da Igreja Presbiteriana da Irlanda. A Irlanda do Norte separou-se do restante do país em 1921, ficando ligada ao Reino Unido. [5]

8 - PROTESTANTISMO NO PAÍS
8.1 - IGREJAS PRESENTES

Encontre neste mapa algumas das igrejas evangélicas presentes na Irlanda.  Se você conhece alguma outra igreja não listada aqui, informe abaixo, dizendo o nome da igreja, endereço, e se possível o nome pastor e contatos.

Obrigado! Mensagem enviada.

9 - NOTÍCIAS

Irlanda escolheu o aborto: uma triste história <http://evangelicalfocus.com/blogs/3555/Ireland_chooses_abortion_a_sad_history>

Irlanda diz sim ao casamento entre pessoas do mesmo sexo. Os evangélicos usaram o debate social para expressar suas opiniões em conversas abertas com o movimento LGTB. Os católicos fizeram uma campanha de 'não' mais conflituosa. 
<http://evangelicalfocus.com/lifetech/644/Ireland_says_yes_to_samesex_marriage>

Com queda de 22%, desaba o número de religiosos na Irlanda. <https://www.paulopes.com.br/2012/08/debasaba-na-irlanda-numero-de-religiosos.html#.XBZqjmhKiUk>

Irlanda: uma nação, dois extremos e várias razões de busca por unidade. Entenda o contexto espiritual e político em que vivem os irlandeses e veja porque é tão importante orar por essa nação. <https://www.lagoinha.com/ibl-vida-crista/irlanda/>

10 - FONTES
bottom of page